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Mostrando postagens de janeiro, 2011

A molécula do amor e da amizade

No ano passado, lendo alguns artigos na Revista Superinteressante e, também, na Veja , escrevi dois posts que tratavam de experiências feitas por neurocientistas mostrando o funcionamento bioquímico do nosso cérebro naqueles momentos mágicos de grande paixão e atração física entre homem e mulher.  Segundo os artigos, a taquicardia, o nervosismo, o rubor na face, entre tantas outras sensações de prazer, que só os apaixonados sentem, ocorrem em virtude da liberação de neurotransmissores como a endorfina e a dopamina, entre outros. Explicam que a liberação se dá para homem e mulher se atraírem fisicamente e, passada essa fase de arrebatamento e atração, outra se seguir. É aquela em que, após o orgasmo e os momentos de grande prazer, um outro hormônio ser criado: a oxitocina (ou ocitocina) que inunda o nosso cérebro e é responsável pela conexão emocional entre os parceiros, ou seja, sua função é fazer surgir um elo de grande afeto.  A explicação para isso estaria na uniã

Viver sozinho é melhor?

Li uma entrevista de Flávio Gikovate* em que ele discute o fim do amor romântico e diz que "viver sozinho é melhor" . Fala da grande maioria de casamentos infelizes em que "não há confiança recíproca nem sinceridade". E que isso ocorre porque são pessoas, na sua grande maioria, diferentes - um sempre é mais genioso e egoísta; o outro mais tolerante e discreto. Para ele, no início sentem-se felizes, mas a tendência é de que com o tempo as diferenças comecem a criar conflitos e o final disso, diz o psiquiatra, é a separação. Conta que aconselha a seus pacientes: " se   tiver de escolher entre amor e individualidade, opte pelo segundo" .  Expõe também que há muitos solteiros felizes que "l evam uma vida serena e sem conflitos" . E que estes, quando sentem a sensação de desamparo que um solteiro pode sentir, resolvem o problema "sem ajuda" , "com paciência e treino" indo ao cinema, lendo um livro e assim " driblam

Sofrendo por antecipação

Hoje, fazendo faxina em minha estante, entre livros, revistas, artigos de jornais que eu separava ou que alguém me dava, encontrei um chamado "Sofrer por antecipação"* em que uma neurocientista fala do sistema nervoso e a interpretação errônea que os livros didáticos lhes dão ao dizer que servem somente para "detectar estímulos e responder a eles" . Argumenta que, se assim fosse, um indivíduo mesmo que o fizesse "de forma coordenada e organizada, viveria eternamente no presente" , não teria a noção de passado, o que o impediria de reviver experiências ou de fazer planos para o futuro e, consequentemente, não sofreria por antecipação.  E ao pensar nisso, conta sobre o dia em que seu pai fez uma cirurgia do coração e que, há semanas, seu cérebro já a torturava com os riscos que ele correria. Explica que ficava imaginando tudo o que poderia dar errado na operação, passando o dia todo desnorteada. Quem já não passou pela experiência de ficar p

O medo de ser feliz

Parece estranho que alguém possa ter medo de ser feliz, que queira mudar sua vida em busca do novo, queira sucesso e alegria, mas só consiga fracasso e frustração nessa busca. Inconscientemente temos um outro "eu" que não quer esse nosso sucesso. E assim, nós mesmos nos boicotamos sem saber.  São condicionamentos nossos que nos acompanham pela vida, fruto de nossa educação, do medo de fazermos algo que não é o que esperam de nós. E esses condicionamentos podem ser uma pesada herança emocional que carregamos e que nos impede de gozar a vida plenamente. E ao buscarmos felicidade e satisfação de nossos desejos, entramos em um conflito sem nem mesmo imaginarmos que ele exista, muito menos o porquê.  E criamos um verdadeiro monólogo interno que questiona nossas mudanças... "E se eu gostar? E se eu for feliz? E se der certo? Que medo!" Na verdade, na nossa zona de conforto, sentimo-nos seguros. Está tudo certo. Nossas vidas estão tranquilas, em ordem, esta