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Mostrando postagens de julho, 2009

Você se permite brilhar?

"Gente espelho de estrelas, Reflexo do esplendor Se as estrelas são tantas, Só mesmo o amor... Gente espelho da vida Doce mistério" (Caetano Veloso) Hoje me pus a pensar numas palavras que um amigo me disse. "Existem pessoas que deixam que todo seu brilho e sua exuberância seja vista, notada, admirada. Outras não." Achei a ideia muito interessante .  Para ele, essa pessoa não faz nada de tão especial, ela deixa que seu brilho se exteriorize, se manifeste. Não o esconde, simplesmente o expõe naturalmente.  Por outro lado há quem não brilhe, não se mostre, não se coloque diante de todos com as suas possibilidades, não deixa que saia pelos poros tudo aquilo que é, o que sente. Talvez por timidez, talvez por não querer ser vista, ser percebida, talvez por um certo sentimento de incorreção que a educação pode ter incutido em seu modo de ser. Enfim, motivos existem muitos.  Beleza, charme, luz e brilho todos nós temos. Porém, se conseguimos ex

A beleza no meio do caos

"Minha alma sabia que a ordem morava no meio do caos e ela estava disposta a suportar o horrendo do caos pela beleza inaudível que existia no meio dele." (Rubem Alves) Li um artigo de Rubem Alves, publicado há algum tempo na Folha de São Paulo , em que ele descreve seu gosto pela música, desde o tempo de seminarista, tempo este em que, segundo conta, preferia a música às rezas. " Se Deus existe, a beleza é seu jeito de se comunicar com os mortais."  E não é certo isso?  O que me deixou bastante interessada foi a descrição que fez de uma noite de mau tempo passada no seminário e a dificuldade que teve de ouvir música no seu "radinho" , pois ela se misturava aos ruídos e à estática e essa mistura de sons, para ele, "era um caos sem sentido".  No entanto, mesmo diante de toda a estática que tomava conta da transmissão, pôde ouvir sua música favorita. Era Chopin. Sua alma, no meio daquele ruído caótico e sem sentido, sabia distingu

Tristeza, melancolia, angústia?

"Quando não houver caminho Mesmo sem amor, sem direção À sós ninguém está sozinho É caminhando Que se faz o caminho... (Titãs) É interessante como ficamos vulneráveis quando passamos por muitas dificuldades, sejam quais forem. Nossa instabilidade emocional faz com que quaisquer lembranças, saudades, incompreensão, culpa se tornem estopins para desencadear sentimentos de tristeza que se confundem até com melancolia e angústia. Como definir o que sentimos?  Em momentos de tristeza, sinto-me só e melancólica, apesar de ser difícil definirmos a dor. É certa vontade de estar em qualquer outro lugar, que não aqui. Onde, não sei. Menos aqui. É uma angústia que toma conta, quando instala aquela dor forte lá no fundo, no peito, coração, alma, sabe-se lá onde ela se instala, mas que dói, ah! dói.  Daí à vontade de chorar é um pequeno passo. É uma necessidade de colocar a dor para fora e dizer que sim, nós estamos tristes, solitários e profundamente angu