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Mostrando postagens de setembro, 2012

O mal do orgulho

"Só sei que nada sei",  máxima que encerra um dos melhores ensinamentos, foi deixada pelo filósofo grego Sócrates , que nos faz compreender que sempre temos, e sempre teremos, muito o que aprender. Se o mundo é vasto, quem somos nós, pequenos seres aprendizes, a imaginar que sabemos tudo? No que nos diz o filósofo vejo a sabedoria da humildade nela contida. Humildade que se opõe ao orgulho e ao egoísmo, grandes males que os homens têm arraigados dentro de si. Aliás, vejo o orgulho como um mal, raiz de tantos outros males que cegam muitas pessoas. São pessoas presunçosas que pensam poder mais que outros, que pensam ser maiores e melhores, que pensam ter a verdade. É que têm um apego a si mesmos e que eu, sinceramente, não compreendo. Alguns desses que vejo por aí são incapazes de mostrar que podem aprender algo com um semelhante. Não ouvimos deles frases como: "Nossa! É mesmo? Não sabia!" ou "Que interessante, aprendi algo novo". Presunção, p

Triste apego ao que não há mais

Há um tempo, uma pessoa me pediu para ler um artigo de Danuza Leão em que a escritora fala das dificuldades que sente ao rever fotos e objetos que foram guardados justamente como lembrança. Estranho? É. Conta em seu texto que se entristece ao ver fotos de situações vividas, pessoas com quem se relacionou ou qualquer outra coisa que a faça lembrar-se de tempos mais felizes... E indaga-se: "por que as pessoas guardam as coisas para se lembrar, se elas querem é se esquecer?" A pessoa que havia pedido para eu ler o artigo pensa um pouco como Danuza . Sente certa melancolia ao ver fotos antigas ou quando se lembra de coisas boas, mas que ficaram no passado. Guardar fotos, objetos ou qualquer outra coisa como lembrança é algo saudável, pois se guardamos, é porque o que foi vivido nos fez muito bem. Se hoje, revendo e relembrando, sobra tristeza e melancolia, o problema não está em se guardar lembranças, mas em não querer relembrá-las. Talvez isso mostre que algo vivido

Você fala muito de si?

Você já parou para observar se fala muito de si? Sim, pois existem pessoas que têm a característica de falar muito a respeito do que pensam, gostam de dar suas opiniões, estão sempre falando de si. São  pessoas comunicativas, que possuem a facilidade de se expressar.  E como sabemos, o mundo das palavras e a capacidade de se expressar bem nos possibilita a troca de ideias, de adquirirmos conhecimento, de aprendermos e criarmos.  No entanto, em um artigo publicado na Folha de S. Paulo *, a neurocientista e professora Suzana Herculano-Houzel  conta que  "de 30% a 40% da fala cotidiana trata de experiências próprias ou relacionamentos" e que 80% do que se publica nas mídias sociais servem para "irradiar ao universo a vida pessoal de cada um" , como ela mesma diz. Muita coisa, não?! Infelizmente, pelos números se vê que temos usado palavras de mais para expressar conhecimento novo de menos. Poderíamos estar criando mais e sendo mais produtivos.