Muitas vezes "pensamos estar pensando com nosso pensamento" e acreditamos mesmo nisso. Mas vamos agregando certos pensamentos ao nosso pensar por não usarmos nosso raciocínio.
Parece estranho que seja dessa forma que agimos, mas é o que muitas vezes acontece sem percebermos.
No trabalho, nem sempre conseguimos ficar longe de situações estressantes e vamos aumentando nossa malha de pensamentos nem sempre perfeitos que deixam de ser isentos, mas alterados por sentimentos e passam a ser reflexos do que vamos passando.
E diante de qualquer situação em que alguém diga ou faça algo que nos desagrada, já criamos um enredo em nossa mente e vamos pensando pensamentos que não seriam os nossos, se parássemos para refletir no que acontece à nossa volta.
Se lemos as notícias do jornal e saímos repercutindo nossas indignações sobre a situação nem sempre boa do dia a dia e iniciamos diálogos, cujo assunto sejam essas mesmas indignações, vamos criando e aumentando essas histórias e aumentando nossa indignação, porque agregamos outros tantos pensamentos de outras pessoas aos nossos.
Nossos pensamentos, muitas vezes, influenciados por nossos sentimentos e por nossa imaginação podem, se estivermos desprevenidos, nos envolver em criações absurdas, passíveis de julgamentos errados e ações das quais podemos nos arrepender. Nesses momentos, uma palavra mal-colocada ou mal-compreendida pode causar mágoa, tristeza ou até mesmo uma ofensa. São situações típicas de quando agimos sem refletir, por estarmos envolvidos em emaranhados de pensamentos e sentimentos que não tiveram origem na nossa forma normal de raciocinar, isenta do que querem e desejam os outros, e não nós.
Quem já não percebeu pessoas que são levadas a defender determinadas ideias e negar outras que, no fundo, nem são a forma de pensar delas. Mas são ideias que todos defendem, ou uma maioria, que parece ser de pessoas inteligentes e sensatas. E levados a agir assim nem sempre são fiéis ao que sentem e ao que realmente são.
Só evitamos esse emaranhado de pensamentos alheios se buscamos conhecimento, a busca de constante esclarecimento, além do conhecimento de nós mesmos para encontrarmos o caminho que queremos seguir, as ideias que pretendemos defender, os ideais que queremos alcançar. Precisamos ser coerentes com o que somos e com o que queremos na vida.
E para isso precisamos ser originais, autênticos e defendermos nossos pensamentos. Se assim não for, viveremos sem saber bem para que lado estamos indo, se fazemos o que queremos e se fazemos o que é bom. Pensaremos sempre o que outros pensam e não o que pensamos, sentimos e desejamos para nós.
Com um leque maior de conhecimentos, somos capazes de ser donos de nosso querer, podemos evitar o que não gostamos e não errarmos, afastando-nos dos julgamentos, das ideias destrutivas das quais nem sempre compartilhamos. Sim, precisamos saber o que é melhor para nós.
Nada melhor que ler um livro, ouvir uma música, visitar um museu, buscar atividades que nos ampliem o leque de conhecimentos que nos tragam mais leveza e sensatez nas ações.
Os fatos da vida vão nos moldando, pois nós é que fazemos nossas escolhas; somos livres para escolher como queremos viver. E, assim sendo, precisamos de nossos pensamentos coerentes, como forma de viver melhor, e que sejam resultantes da pessoa que somos, a fim de que nossos desejos também resultem ações boas para nós e para aqueles com os quais partilhamos a vida.
Mesmo porque, não podemos nos preocupar com o que os outros pensam. Para nós podem ser pensamentos imperfeitos, pois os pensamentos dos outros são pensamentos só deles...
Comentários
Postar um comentário