Lembro-me bem de que, quando mudei para Campinas, meu pai, que havia nascido aqui, passou a procurar os lugares sobre os quais ouviu meu avô falar durante toda sua vida. Meu avô gostava muito da cidade, mas mudou-se para São Paulo. Um dos lugares que meu pai mais procurou foi a casa em que morou desde que nasceu. Ele sabia que era um sobrado em frente à Maternidade de Campinas, aliás, onde ele havia nascido. Mas para encontrar o tal sobrado foi difícil, pois, pelo que diziam a ele, em frente da Maternidade nunca houve esse tipo de sobrado que meu avô descrevera. Meu pai procurou, procurou e nada. O tempo passou até que um dia, conversando com um vizinho, cuja família é antiga aqui de Campinas, soube que onde era a antiga Maternidade, fora construída a rodoviária da cidade. Foi uma surpresa: a Maternidade que conhecíamos não era onde meu pai havia nascido. Com essa informação ele pôde, então, encontrar o sobrado em que viveu. Brincava ele que estava contente em descobrir sua
"Todo mundo deveria escrever uma ou duas páginas por dia, contando como têm sido seus dias, falando sobre sua vida, suas alegrias, tristezas, decepções, felicidades..."