Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência..."
(Lenine)
Quando ouço a palavra ruptura, me vem sempre a ideia de algo ruim, que se finda, que deixa tristeza. Talvez, porque eu pense que laços, sejam quais forem, devem ser duradouros, felizes, capazes de resistir ao tempo.
Seria isso o certo? Mas o que é certo ou errado, afinal? Em nome da educação e para sermos pessoas agradáveis, muitas vezes, ouvimos o que não gostamos de ouvir, ficamos quietos para não brigar, aceitamos palpites, ouvimos julgamentos, relevamos críticas e calamos para não ferir sentimentos.
Seria isso o certo? Mas o que é certo ou errado, afinal? Em nome da educação e para sermos pessoas agradáveis, muitas vezes, ouvimos o que não gostamos de ouvir, ficamos quietos para não brigar, aceitamos palpites, ouvimos julgamentos, relevamos críticas e calamos para não ferir sentimentos.
Enfim, existem inúmeras situações em que preferimos nos calar para que nossas palavras de insatisfação não deixem a situação pior do que já se apresenta. Mas por que agimos assim? Por que imaginamos que calar é melhor? Como pode ser melhor se não aceitei, se não gostei, se não quero ouvir o que me desagrada e me entristece?
Em nome da educação, muitas vezes deixamos que nossa vontade contrariada fique lá guardada em algum canto, dentro de nós, até o ponto de não mais aguentarmos. E num momento de pressão, em que não mais conseguimos pensar direito, falamos tudo aquilo que vínhamos guardando por dias, meses ou anos até, feito uma bomba a estourar. Aí, é tarde demais...
Conversando com um amigo sobre o assunto, ele me disse que não adianta sermos essa pessoa boa e educada e aceitar tudo em detrimento de nossas reais vontades. Se não há como resolver dialogando e nem há como fazer o outro entender e respeitar o que se é ou o que se pensa, as rupturas são necessárias, pois a convivência deixa de ser sadia para as pessoas e para os relacionamentos.
Romper com determinadas situações não é fim, pode ser um começo, uma mudança que implica em atitudes novas e um novo modo de ver a vida e a si mesmo.
Mudar posturas e até velhos pensamentos é um crescimento, é aprendizado e, acima de tudo, é respeitar a si mesmo na busca pela satisfação dos prórpios desejos e, consequentemente, na busca de nossa felicidade.
É preciso muita calma para lidar com essas situações e enfrentar as rupturas, mas concordo com você que elas são necessárias, e às vezes até contribuem para uma melhor conformação das coisas.
ResponderExcluirEu sou do tipo de pessoa que rumina assuntos, e ao mesmo tempo em que me afligia um questionamento de uma amiga (sobre que solução dar para dois processos de execução que tiveram origem em títulos judiciais originados de demandas idênticas: se extinção de ofício do mais recente por coisa julgada anterior ou somente por rescisória da parte prejudicada) estava pensando no seu “rupturas necessárias”. Veja só que loucura.
ResponderExcluirRelacionar-se com outras pessoas é muito complicado. Principalmente quando você é do tipo de pessoa que enfrenta as rupturas necessárias. E aí, é melhor enfrentá-las [as rupturas necessárias] nos relacionamentos que se escolhe, e deixar todos os outros “de molho”. E com as pessoas não selecionadas é tudo artificialidade, sorrisos, e um quase sempre “não” suave. Aquele “não” maquiado por um talvez que nunca será decidido.
Pensei também em outros assuntos relacionados com isso. Fico por aqui porque tenho outros assuntos para ruminar. Obrigado por ajudar a alimentar minha alma. Não poderia deixar de agradecer.
Curioso, Rita. Recentemente, andei rascunhando algo a respeito de ruptura, mas acabei "rompendo" com a ideia...
ResponderExcluirNo que diz respeito a relações - e principalmente envolvendo os exemplos que você descreveu - já rompi INÚMERAS vezes. Ontem mesmo eu rompi!
Em alguns casos, reatei os vínculos. Mas na maioria deles, o rompimento foi definitivo e acabou se mostrando algo redentor, libertador, que me fez sentir bem melhor, embora apenas a médio e longo prazo.
Você tem razão: muitas vezes é preciso romper - e não se lamentar por isso.
Rupturas são dolorosas? São, sempre! Mas como tudo em nossas vidas é transformação constante a ruptura nos abre um leque de novas possibilidades, novos caminhos a serem trilhados, e cabendo a nós a aceitação dessa condição e o desfrutar dos novos horizontes.
ResponderExcluirBeijos!