Apesar de não termos mais estações bem definidas, ainda podemos perceber que elas mudam. O outono está aí. Os dias têm outra luz. Ainda estão quentes, mas os fins de tarde são diferentes, há brisas, há ventos fracos e também fortes e as noites são mais frias.
Eu ainda tenho a felicidade de ver, aqui onde moro, céu azul quase todo o ano, então final de tarde é sempre algo especial, em qualquer estação. Cada dia um para admirarmos.
Conversando com um amigo há uns dias, descrevi o céu que eu via. Era um lindo fim de tarde, céu de um verde escuro. Ele imaginou estar lindo. E ainda disse, com a minha concordância, que nem percebemos esses pequenos instantes que são lindos, que enchem os olhos e muitas vezes nem notamos nessa nossa correria, ou nessa nossa insensibilidade mesma. Dizíamos ainda que esses momentos são verdadeiramente felizes se soubermos ver. Não somente olhar, mas também ver.
E o outono? Ah! É a estação das folhas secas, da renovação, das brisas e do início do frio. Frio que, quem me conhece, sabe bem que não gosto dele. Assim, já vejo o outono como um inverno que se desenha. Porém, se há céu azul e sol, se estamos bem, se há vida lá fora, pássaros e gente indo e vindo, movimento na cidade, bem... isso é o que importa.
O verão deve dar espaço para que o outono entre e exerça sua beleza que ele, com certeza, deve ter. É a ordem natural da vida. E que eu não seja tão egoísta assim e possa contemplar o que ele trará de belo e admirável. E que, assim, eu possa me sensibilizar também.
Viver é experimentar, sentir, assimilar e pensar que tudo é bom, bonito e vale a pena ser vivido.
Que o outono que chega nos encante a todos, e que nos traga instantes de muita beleza e felicidade. Mas não nos enganemos: esta, a felicidade, está mesmo é dentro de nós, independente da estação do ano!
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