Durante uma conversa com um amigo, contei a ele a vontade que tenho de sair por aí fotografando. Quando ando pelas ruas da cidade, tenho o costume de observar os prédios, as árvores nas praças que, aliás, estão lá, lindas e resistentes, em meio a todo concreto da cidade grande.
Não que as construções não sejam belas, ao contrário. Vejo prédios antigos, casas do tempo dos barões do café, que, infelizmente, hoje viraram escritórios de advocacia, bancos, lojas de carros importados ou seguradoras. É uma pena, mas mesmo assim, são belos.
Observo a cidade arborizada, praças com árvores também antigas, palmeiras imperiais magníficas, tão altas quanto muitos prédios. E quando ando observando tanta beleza, meus olhos "fotografam" aquilo que eu vejo e acho lindo.
Vou a uma farmácia no centro da cidade, e lá de dentro, de repente, vejo uma rua que, em linha reta, inicia com prédios antigos que ainda hoje estão lá, arredondados, baixos e muito bonitos. Mais abaixo, na mesma rua, percebo que em um determinado momento eles terminam numa praça, a tal das palmeiras imperiais, como se ela separasse o antigo do novo, pois depois do verde, erguem-se os prédios novos, altos e imponentes. Quando lembro daquela visão, penso que precisava registrar imagem tão bela: a linha do tempo ali se criava na visão dos prédios. Lindo! Inesquecível!
Hoje, digitando aqui no meu computador, vejo que a cortina, que é bege, de repente toma um tom alaranjado, corro para ver o céu. Que imagem linda! Do azul, o céu vai até o laranja do pôr do sol, que eu não vejo, existem os prédios na frente, mas o alaranjado por trás desses mesmos prédios me fazem imaginar. Não sei se consigo, mas o pouco que vi já foi fantástico.
Foi outro momento que eu fotografaria, pois ele foi único, nunca será igual, talvez parecido, não sei. Isso é o que tem de mais belo em se fotografar. Esse registro do efêmero.
Prometi a mim, que ainda vou sair por aí, observar outros novos ângulos, paisagens, árvores, o céu e o sol que acabam colorindo e dando tom novo à cidade. Momentos únicos estes que fotografarei não só em minha mente. Guardarei os instantes. Então poderei dizer o que vi, mas também deixar que os vejam. E se admirem, como eu me admiro. Não é lindo?!
Obrigada pela visita!
ResponderExcluirE volte quando quiser!
Abraço!