Desde pequena fui educada para ser uma menina boazinha, sim, de quem todos gostassem, com quem todos se sentissem bem, que estudasse e, consequentemente as professoras e professores se orgulhassem. Era muito feio brigar na rua ou na escola, assim como falar palavrão, responder para os mais velhos, não dizer "Muito obrigada!" ou "Bom dia!"... Enfim, aprendi muito bem o que eu não deveria fazer e sempre fiz o que deveria. Aprendi todas as lições. Eram as mesmas lições que minha mãe recebeu da minha querida e amada avó, de quem morro de muitas e muitas saudades... E fui crescendo e ficando uma adolescente, quase moça, quase mulher sempre ouvindo muito os conselhos dos mais velhos como chegar cedo, ter juízo, não fumar, não beber. Depois veio a fase do "cuidado!" agora eu estava com o namorado. Fui, dessa maneira, tornando-me uma pessoa voltada sempre para aquilo que "eu deveria fazer". E eu deveria fazer, mesmo? Sim! E se eu não fizesse
"Todo mundo deveria escrever uma ou duas páginas por dia, contando como têm sido seus dias, falando sobre sua vida, suas alegrias, tristezas, decepções, felicidades..."