Hoje à noite assisti a um programa que discutia o papel da imprensa no caso Isabella. A maioria dos convidados questionou a ética e a espetacularização que se fez do caso em virtude da briga das TVs por audiência. O programa discutiu o fato de 98,2% de pessoas ouvidas numa pesquisa de opinião declararem ter conhecimento do caso, um número expressivo, e, além disso, de acharem que a imprensa agiu corretamente na cobertura dos fatos. O que vem me intrigando desde o início do caso é por que razão nos sentimos tão atraídos pelos detalhes de como tudo aconteceu. Seria por se tratar de um crime bárbaro em que pai joga a filha do sexto andar depois de sua esposa estrangulá-la? Sim, isso é horrível, inacreditável. Seria porque durante todos esses dias temos visto os peritos conseguindo "desenhar" tudo como possivelmente aconteceu na noite do crime? Ou seria pelos dois fatos? O crime bárbaro mexe conosco por se tratar de uma família, uma célula da sociedade em que esperar
"Todo mundo deveria escrever uma ou duas páginas por dia, contando como têm sido seus dias, falando sobre sua vida, suas alegrias, tristezas, decepções, felicidades..."