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Mostrando postagens de abril, 2008

Uma Isabella em nossas vidas

Hoje à noite assisti a um programa que discutia o papel da imprensa no caso Isabella. A maioria dos convidados questionou a ética e a espetacularização que se fez do caso em virtude da briga das TVs por audiência. O programa discutiu o fato de 98,2% de pessoas ouvidas numa pesquisa de opinião declararem ter conhecimento do caso, um número expressivo, e, além disso, de acharem que a imprensa agiu corretamente na cobertura dos fatos.  O que vem me intrigando desde o início do caso é por que razão nos sentimos tão atraídos pelos detalhes de como tudo aconteceu. Seria por se tratar de um crime bárbaro em que pai joga a filha do sexto andar depois de sua esposa estrangulá-la? Sim, isso é horrível, inacreditável. Seria porque durante todos esses dias temos visto os peritos conseguindo "desenhar" tudo como possivelmente aconteceu na noite do crime? Ou seria pelos dois fatos?  O crime bárbaro mexe conosco por se tratar de uma família, uma célula da sociedade em que esperar

A amizade virtualmente real

Todos nós que gostamos da internet entramos em sites de relacionamentos, em fóruns de discussão de assuntos que nos interessam, em comunidades, entre outros. E nesses meios acabamos conhecendo outras pessoas, com as quais passamos a ter afinidades e a partilhar conhecimentos através de nossa convivência. A partir daí, passamos a usar programas de conversação instantânea, conversamos e conhecemos essas pessoas cada vez mais. E o que se questiona muito, hoje em dia, é se podemos conhecer bem uma pessoa no mundo virtual.  Mesmo que se converse muito e por muito tempo, será que elas são exatamente aquilo que "imaginamos"? Já fiz alguns amigos aqui na internet, amizades que se concretizaram depois na vida real. No caso, a internet foi o meio para que eu pudesse conhecer novas pessoas e, por meio delas, outras ainda. Quando isso acontece, acredito que conhecemos verdadeiramente essas pessoas, pois deixa de existir "a idéia que temos da pessoa" para surgir “o que

Solução de problema pode ser outro problema?!

Não sei bem por que razão em certos momentos da vida um problema que imaginamos quase resolvido transforma-se em outro grande problema que se vira contra nós num efeito dominó! Já viram isso? Ah! Eu já! Nem saberia como explicar, mas vivo uma situação difícil em que não há saída, não há solução, bem, em tese.  Mas, talvez o que aconteça na realidade é que a solução não possa ser aquela que quero, mas a possível, a que nem imaginava que existiria. Por que é tão difícil nos desfazermos do que gostamos ou adquirir algo que não queremos?  Ou agir da forma que não gostamos e deixar de fazer coisas pelas quais lutamos?  Por que em certos momentos é tão difícil entender a ordem de todas as coisas? Mistério? Não sei. É assim que surge o desespero, a incompreensão, e, se alguém é descrente de tudo, vem a revolta - e essa só complica tudo.  Problema é problema sempre, seja familiar, moral, seja de saúde, financeiro ou de relacionamento. São todos iguais no que nos fazem sofrer, quan

Saudades...

Via você na noite, nas estrelas, nos planetas, nos mares, no brilho do sol e no anoitecer. Vi você no ontem, no hoje, no amanhã... Mas não via você no momento. Que saudade... (Mario Quintana) Sempre me imaginei uma pessoa desligada de passado. Nunca me vi como alguém que guarda saudades de épocas da vida, pessoas, lugares ou momentos. Ao contrário, via em minha mãe essa forte característica, nunca em mim. E realmente não sou assim ligada ao passado ou a fatos que se foram e não voltam mais.  E ao falar nisso, vem-me à lembrança uma frase que uma conhecida disse aos meus pais um dia: "Ah! Eu não penso muito no passado, pois se penso nas coisas tristes, fico triste por revivê-las em minha mente; e se penso nas coisas boas, fico igualmente triste, porque elas nunca mais voltarão" . E não é que ela tinha razão?  Pensar muito em passado, ficar remoendo fatos e alegrias vividas só mesmo se isso nos trouxer felicidade e não ressentimentos. Alegrias que s

Fim de semana, enfim...

Como é boa a sensação, essa, a de que cheguei ao final de semana em que a rotina não existe, nem hora certa para acordar, dormir, almoçar, jantar, andar e outros tantos verbos no infinitivo que eu venha ainda me lembrar.  E a sexta-feira, ah!... A sexta-feira, é o melhor momento do meu fim de semana. É! O dia que o antecede!  É como a sensação de nos prepararmos para uma viagem ou uma grande festa. Os preparativos e a espera são, parece-me, o melhor momento.... "esperar por ele". Que bom!   Nesses dois dias gosto de curtir minha casa, arrumá-la sem pressa. Sou bastante caseira, então isso passa a ser um prazer para mim. Já não curto grandes baladas - pelo menos não estou na fase delas, acho.  Estou numa fase mais introspectiva em que, qualquer programa que me refaça da semana corrida, que me entretenha ou que me faça curtir as pequenas alegrias como um dia bonito, ouvir música ou ler, uma caminhada, conversar bastante e espairecer, fazer pequenas compras e

A tristeza necessária

Quem ainda não se pegou, um dia, muito triste, sem nem saber por quê? Todo mundo, claro. Essa tristeza faz parte de nossas vidas. Melancolia, vontade de não estar aqui, sem também saber onde estar... E por que ficamos tristes e melancólicos? Como saber?  É claro que felicidade constante não existe, portanto entre momentos de felicidade temos momentos em que algo nos dói inexplicavelmente. Se fôssemos felizes sempre não aprenderíamos nada nem sobre nós (esses seres "complicadinhos" que somos) nem sobre o mundo, a vida e tudo mais que encontramos a nossa volta.   Quando estamos infelizes temos a oportunidade de refletir a respeito do fato que nos entristece, buscamos respostas para nossas dúvidas, buscamos soluções para não repetir nossos erros. E, talvez seja essa a grande busca, o conhecimento de nós mesmos para vivermos melhor.  E por que esse conhecimento precisa vir somente com a tristeza? É como o mecanismo do medo e da dor física que existem justam