Acordar cedo, dormir tarde... Que dificuldade!

Ter que levantar muito cedo para ir trabalhar é muito difícil, é mesmo um sacrifício. Tudo porque não consigo dormir igualmente cedo, como deveria. À noite fico acordada, desperta, com vontade de ficar vendo filme, ou diante da telinha do meu PC, ouvindo música ou comendo. Tudo, menos com vontade de deitar-me. 

Não sei bem o que acontece, meu sono se rebela, some quando mais preciso dele, e aparece quando menos o quero, e teima em me fazer gostar mais do travesseiro, da coberta e do silêncio do meu quarto, apartamento e prédio inteiro... 

Também, eu pareço ser a única a acordar. Tenho a impressão de que o meu relógio toca e um eco se forma em todo o prédio e os vizinhos todos acordam incomodados pelo meu horário. Pior é que ninguém acorda nada, todos dormem, todos dormem... 

Dia desses, eu sabia que tinha que me deitar cedo, pois no dia anterior, a coisa já tinha sido bastante complicada. Eu precisava levantar-me bem disposta para o dia de trabalho. Qual não foi minha surpresa, acordei feito um "zumbi". Resultado: voltei para a cama e dormi. Dia de trabalho: matei. Que vergonha! Porém eu logo soube que seria impossível com aquele sono todo ter um dia de trabalho normal. Voltei para a cama e depois de um tempo, quando todas as pessoas normais acordam em horários igualmente normais, comecei a ouvir barulhos de máquinas e furadeiras, martelos e... nossa!!! "Estão começando uma reforma no apartamento de baixo!" 

E não é que, mesmo assim, continuei dormindo com todo o barulho que se iniciara? Isso é que é sono mesmo. Parece brincadeira, hoje pude perceber que eu não deveria estar bem, pois quando cheguei do trabalho, o barulho que ouvi quase me fez confessar qualquer coisa, qualquer coisa mesmo! Que barulho torturante! Haja cabeça pra tanta enxaqueca! Ufa! Bom, eu estava mal mesmo. O melhor foi dormir para acordar melhor. Agora, vou torcer muito para que, hoje, quando a noite chegar eu não me sinta obrigada a ir me deitar. Ao contrário, que eu tenha uma gostosa vontade de ir para aquela cama também gostosa com cobertas macias, as quais nunca quero abandonar pela manhã. 

Por que eu não gosto tanto dela à noite, quanto gosto bem de manhãzinha?! Ai que sofrimento! Socorro!

Rita Ribeiro
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