"Com todo o perdão da palavra, eu sou um mistério para mim." (Clarice Lispector) " Quem pode afirmar saber quem é seu pai, quem é sua mãe, quem são seus filhos?" É o que questiona Danuza Leão em sua crônica "A verdade de cada um" . Pergunta-se o quanto realmente conhecemos das pessoas que vivem conosco. Será que conhecemos quem é a pessoa que há tanto tempo vive junto de nós? Para a escritora, "ninguém sabe o que o outro pensa, o que acha, o que quer, o que pretende fazer; sobretudo, o que é capaz de fazer" . E o que a motivou a escrever sobre isso foi aquele caso, ocorrido há meses, do menino que levou a arma do pai à escola, atirou na professora e, em seguida, suicidou-se. "O que teria passado pela cabeça daquele menino? Ninguém nunca saberá." Argumenta ainda com aqueles casos de homens que saem para comprar algo e nunca mais voltam para casa. Somem e nunca mais se tem notícia deles. E realment...
"Todo mundo deveria escrever uma ou duas páginas por dia, contando como têm sido seus dias, falando sobre sua vida, suas alegrias, tristezas, decepções, felicidades..."