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Mostrando postagens de março, 2011

Esquecer para ser feliz

Assisti a um episódio do seriado americano House em que o médico (que dá nome à série) tenta diagnosticar o problema de uma garçonete que chega ao hospital, em virtude de uma série de desmaios que, sabe-se depois, são decorrentes de lembranças intermitentes que ela tem ao ver as pessoas. Essas diversas lembranças desgradáveis que lhe vêm à mente, de forma recorrente, a transforma em uma pessoa triste e rancorosa, além de causar a ela, ainda, um problema cardíaco e, posteriormente uma falha no funcionamento dos rins.  O episódio mostra, simbolicamente, a dificuldade de se viver ou conviver, se as lembranças que se tem das pessoas, sejam amigos ou familiares, são sempre ruins, sempre tristes. Um dos médicos, ao presenciar a tentativa de sua irmã em uma reaproximação, chega a dizer que entende a vida solitária que ela leva naquela lanchonete em que trabalha longe de todos e tenta alertá-la ao dizer que ela "não sabe perdoar, não esquece o que lhe fazem e é por isso que não

Duas bolas, por favor!

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.  Uma só!! Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa!  Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.  O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.  A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco.  Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.  Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de "fácil").  Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do p