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Decisões e intuições

Existem épocas na vida em que precisamos decidir por algumas mudanças; algumas subjetivas, que acho mais fáceis; outras objetivas; decisões sobre questões mais importantes, que dão outro o rumo em nossa vida. Decisões que envolvem dinheiro, riscos, mudanças (quase) definitivas nos rumos que vamos tomar.
Enfim, mudanças que reconfiguram o que vivemos hoje, porque envolvem outras mudanças em consequência. Quando isso acontece, é preciso refletir. Acontece muito comigo, de algo ficar ficar na minha cabeça me dizendo que preciso mudar certas coisas. Aí, eu fico em dúvida; "por que isso se torna algo intermitente em meus pensamentos?" Eu mesma já penso que é algo me dizendo que é hora de mudar, porque são novas etapas que a própria vida nos coloca à frente.
Então, refletindo, vemos que existem opções, caminhos diferentes a escolher, diferentes formas de agir e, nesse momento, surge certa dificuldade, porque nem sempre é fácil decidir, saber o que será melhor.
Aí, ou desistimos, porque é muito complicado decidir coisas importantes sozinhos, ou buscamos confiança em nós mesmos e vamos em frente. Mas, confiar é tudo.
Falo em confiança, porque somos os únicos a dar a palavra final. Em muitos momentos, tentar ser independente na vida traz essas responsbilidades junto. É um ônus. Ninguém mais deicide nada por nós. Cada um tem um jeito de ser, de vivier, e o livre-arbítrio é só nosso. Posso ouvir muitos conselhos, refletir sobre eles, alguns me nortearem, no entando, a decisão é minha. E isso é meio angustiante, porque ficamos em dúvida se o que penso que quero é realmente o melhor.
Brinco com os amigos, dizendo que, nessas horas, seria bom ter um marido, pois ajudaria a tomar a decisão. Mas, uma dessas pessoas me diz: "não se iluda, não ajuda em nada; pode até atrapalhar". Acho graça, mas nesse caso, pensando bem, nunca saberia se a escolha feita seria realmente isenta ou por influência de quem está ao meu lado. Se deixarmos, as pessoas também podem decidir por nós, o que é mais fácil, e também atitude em que me acomodo diante da situação.
O fato é que é bom ter opiniões para poder ponderar, refletir e chegar à uma conclusão. Alguém, num desses momentos de decisão difícil me disse: "não quero me meter, porque pensamos diferente; pense bem e faça como você achar melhor". 
Costumo, então, ficar atenta ao que minha intuição me diz. Sei que existem pessoas que não acreditam nisso. Mas, que algo fica nos nossos pensmentos nos dizendo alguma coisa, ah! fica!
E já aprendi a ouvi-la [minha intuição], ponderar, refletir, mas ouvi-la sempre. Isso é o que chamo "confiar". Confiar naquilo que está nos guiando para uma decisão. Mas, também sinto uma espécie de solidão que todos devemos sentir sem perceber, que é o decidir sobre a vida, sobre que rumo tomar. Ou, talvez, seja uma característica de pessoas que pensam demais.
E o que quero dizer com tudo isso é que nossas decisões são solitárias, porque se quero decidir conforme minha vontade, conforme o que penso ser melhor para mim, só pode ser uma decisão minha. E a angustia deve ser deixada de lado e acreditarmos que essa nossa intuição é uma espécie de experiência que vamos adquirido com o tempo, com os nossos conhecimentos e as nossas vivências, mostrando-nos o que pode (ou não) funcionar. Mesmo porque, não temos o controle sobre os acontecimentos da vida.
Alguém me disse, ontem, em uma resposta de e-mail, que, em certas questões, o negócio é ter atenção, ser ativo, mas também relaxar; não ficar obcecado pelo fato em si. E, acredito, isso serve pra tudo. Disse, ainda, que é preciso viver, mesmo se entrar em algumas "roubadas"; mas que é necessário deixar a vida rolar. E eu gostei, porque assim encontramos o equilíbrio necessário para que tudo flua da melhor maneira possível.
E, principalmente, sem medo.
Tentamos não arriscar para não errar, mas se não arriscarmos, como chegaríamos àquilo que queríamos? 

Rita Ribeiro

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